21 abril 2014

[Pipocando] Divergente



Depois de jogarem água no meu brinquedo e eu não ter ido à estreia, finalmente assisti Divergente.

A expectativa era grande, muito grande. Depois de meses e meses esperando, a sensação ao começar os créditos iniciais é de completo "MEU DEUS, estou assistindo ao que eu li". Órfã da saga Crepúsculo, estava em completo êxtase e sentido toda aquela ansiedade de novo e foi muito gosto.

Apesar da muita divulgação, principalmente nos EUA, Divergente começou sua jornada nas telonas da mesma forma que outras sagas em seu primeiro filme, optando pela simplicidade, de uma forma que agradasse quem leu o livro e que atraísse novos fãs.

Dirigido por Neil Burger, cujo outros filmes sempre esperava gostar, mas não me agradam muito como O Ilusionista (2006) e Sem Limites (2011), fiquei meio receosa. Mas entre cenas novas e cortes eis que Divergente é o primeiro filme dele que digo que realmente gostei e desejei ver novamente no mesmo dia.

As mudanças no roteiro foram positivas, algumas achei drásticas até mesmo cortes de alguns personagens o que me levou a pensar em como serão inserido no filme seguinte. Não quero usar o discurso que leve a dizerem "Mas nunca é igual ao filme, Thiana". Para quem já viu muita adaptação sei bem disso, porém a curiosidade de imaginar o que será feito é que desperta tal reflexão por tiram fulano e ela não faz isso nesta parte.

Shailene Woodley (Tris Prior) encarnou a personagem e transmitiu muito bem a transformação de membro da Abnegação em uma da Audácia. Os conflitos que a personagem passa também foram bem trabalhados e só criaram mais expectativas para o que ainda há de vir. Podem chamar de exagero, mas ela deu um show, transmitiu exatamente o que imaginava ao ler.


Já Theo James (Quatro), foi uma das contratações mais questionada no filme pelo fato de ser bem diferente do que é narrado no livro e mesmo não aparentando, bem mais velho, 29 anos e muito bom de se olhar. Tendo lido o livro, vi que o mais importante foi mantido no personagem, a personalidade e atitudes, e essas foram as características que me cativaram na leitura. James ser bonito foi um belo bônus. 

Outra colocação importante é que mesmo tendo nomes de peso como Ashley Judd e Kate Winslet, as veteranas tiveram seu espaço, mas em momento algum roubam a cena. É visível que o mais importante é o que está lá no original e não ter ator bambambã que apaga o brilho de quem está chegando e tem bem maior relevância no enredo.

Cenários e figurinos foram bem trabalhados e com a sequência só tende a melhorar. O roteiro não exagerou na ação, focou na iniciação na nova facção, teve seu clímax, que será o foco do próximo filme, e para quem não leu os livros começaram a entender melhor toda a tensão que foi criada em Divergente. Como já sei de tudo o que vem por ai, não me incomodou e não teve nada que me deixasse curiosa no quesito o que será revelado. Mas para quem não leu pode ficar aquele ar de curiosidade sim. Cena no muro que o diga, o que tem lá fora? 

Cenas das simulações merecem destaque, bem feitas e sem comparações com que meu cérebro era capaz de imaginar.

A trilha sonora se encaixou perfeitamente, tanto a instrumental que deu toda uma excitação às cenas de ação, quanto às músicas vocais. Ao ouvir a trilha sem ver o filme fica meio estranho, mas depois de tudo encaixadinho faz sentido.  

Um ótimo trabalho com o roteiro, a direção agradou, mesmo achando que a visão de Burger é um pouco monótona, só que ele soube muito bem imaginar o que séria agradável ao público que já conhece a saga.

A participação da autora, Veronica Roth, na produção também é um fator positivo para que o caminho não se perca, até em uma cena ela participa.

A única coisa que senti fala foi que na minha sessão só tinha gente que não conhece os livros, com vergonha ou até mesmo dá melhor idade, então não tinha ninguém para gritar comigo, chamar o Quatro de gostoso. =/

6 comentários:

  1. Oie, tudo bom?
    Eu ainda não li o livro e só irei assistir o filme quando fizer isso. Mas tenho ótimas expectativas porque adoro distopias. Acho que o fato dos autores acompanharem de perto a produção do filme ajuda muito para que seja algo agradável para o público.
    Beijos!
    http://livrosyviagens.blogspot.com.br/

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  2. Thi, confesso pra você que não to curtindo muito a leitura de Divergente, a história não me conquistou ainda, mas to dando uma chance. Estou pensando se vou logo assistir o filme depois continuar a ler o livro, ou se termino de ler pra depois ver o filme, o que sugere?

    Adorei sua crítica sobre o filme, viu?! Muito boa mesmo, analisou tudo sem contar sobre a trama.

    Beijo

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    1. Divergente é um livro mais parado, já Insurgente gostei bem mais por causa da ação e da trama que vai tomando mais forma.
      Se for logo ver o filme, vai tomar alguns spoilers e quando voltar a leitura vai achar algo diferente por causa das modificações. Pode ser que você goste até mais do filme, uma amiga que foi assistir comigo, e não leu o livro, disse que pelo o que eu falei até das cenas que colocaram ou mudaram o filme é bem melhor. rsrsrsrs

      Bjs.

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  3. Oi! Ainda não li este livro, mas acho que vou acabar assistindo o filme primeiro. Parece que ficou muito bom, não sabia que a autora tinha acompanhado as filmagens...
    Abraços,
    Acrobata das Letras

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  4. Já vi muita gente elogiando o filme, mas acho que fica ruim essa de só pros fans. Tem de ter um jeito que faça o filme sem danificar a obra que a abra para um público mais amplo, assim só deixando-a crescer. Bom verei ainda essa semana no cinema.
    Beijos
    http://penelopeetelemaco.blogspot.com.br/

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    1. O filme não danificou a obra, ao meu ver só melhorou. O roteiro foi inteligente ao agradar quem leu o livro, mesmo com essas mudanças, e também foi inteligente para atrair novos fãs.
      Não é para os fãs e sim todo. Leitores e não leitores.

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